sábado, 26 de junho de 2010

Mulher ....

Difícil dizer o que senti quanto abri a porta, fechada há dez anos, e o vi, sorrindo. Vontade de sumir e de abraçar, de se arrepender e desfalecer de emoção, um nervoso que embota a fala, embaralha os gestos , o corpo treme e pernas babeiam, e deixa com cara de boba. Aí eu falo não, não, não, não ... mas o que é isso que estou dizendo? Só pensava nisso mesmo, e desejava isto, e em tantas coisas que tinham ficado caídas atrás de uma estante tão pesada durante tantos anos... sabia ele la , o tempo todo, mas eu não via, fingia não ver, conseguia não ver, mas num esbarrão nele e ele se se abre na pagina exata, a que não poderia, não devia, não podia, e eu tateie, li, toquei, gostei .... não devia, claro. Mas aconteceu . Ai, que raiva. Não parecia. E eu ali. Não saía uma frase que prestasse. Além disso, tinha a postura. Fiquei parecendo uma samambaia enrolada, enrodilhada em torno de você, Que coisa é esta ???? !!!!!. Pouco tempo, pouco tempo, que mudança, não me encontro. Preciso fazer tudo o que tinha deixado guardado naquela caixinha de luxúrias imaginadas, acumuladas por dez anos. E aí, um clic. Você chegou e esparramou diante de mim um mundo, uma vida, uma outra mulher, Os olhos batem e já não sei que olhar refletiu qual. O coração salta estranho, e não consigo negar, os arrepios vêem e eu não consigo evitar ai os s desejos se confundem, e já não sei qual é qual, As bocas se procuram, os corpos se acham. Enfim, a chave para abrir o cofre. A comporta se abre e libera a torrente de desejo, tesão, fantasias, volúpia, ânsia... aaaaaaaaahhhhhhhhhh, finalmente. Mãos, bocas, dedos, sexos, línguas, pernas à obra! Há muito do que fantasiamos para por em prática. me faça mulher de novo.